O comportamento dos usuários de games no Brasil é o tema da mais recente pesquisa realizada pela Hi-Mídia, empresa de mídia online especializada em segmentação e performance, e da M.Sense, especialista em estudos sobre o mercado digital. Foram ouvidas 645 pessoas das cinco regiões do país em outubro de 2012. A metodologia adotada foi a de pesquisa quantitativa online por meio de questionário estruturado.
A pesquisa revela que, apesar de vivermos em um mundo cada vez mais conectado, 58% dos usuários jogam sozinhos. De acordo com Bruno Maletta, sócio da M.Sense, isso ocorre porque um dos principais consoles utilizados é o celular convencional (jogos que já vêm instalados) e pela baixa competitividade buscada pelas mulheres (casual games). "Além disso, mais de 80% da base de celulares no Brasil é pré-paga, principalmente as classes C e D, o que reduz a penetração da internet móvel e consequentemente do jogo coletivo.".
Estima-se que 52% dos internautas são jogadores de games (online, videogame, celulares ou tablets), o equivalente a aproximadamente 42 milhões de brasileiros. A estimativa foi feita com base em dados recentes do Ibope Nielsen Online, que apontou 83,3 milhões de usuários de internet no Brasil.
Das pessoas entrevistadas, 51% jogam mais hoje do que alguns anos atrás, 11% jogam o mesmo tempo e 38% dedicam menos tempo à atividade. A média é de quatro horas por semana, em dispositivos diversos: 72% jogam no computador, 71% no celular (jogos já instalados), 40% em aplicativos ou redes sociais no celular ou tablet e 35% no videogame. Homens preferem jogos mais competitivos, enquanto as mulheres preferem jogos educativos ou mais fáceis de aprender. De todo modo, a maioria (63%) prefere jogos de raciocínio, seguido de jogos de estratégia (50%).
Segundo Julien Turri, CEO da Hi-Mídia, a diferença entre homens e mulheres nos tipos de jogos deve nortear as ações das marcas neste tipo de mídia. "O mercado de games vem crescendo muito nos últimos anos e é mais uma possibilidade para ações publicitárias e modelos de negócios transacionais", afirma.
Os jogos gratuitos se sobressaem, contando com 87% da preferência dos jogadores. Por outro lado, 60% das pessoas estão dispostas a pagar um valor justo por upgrades ou funcionalidades exclusivas. O gasto médio mensal dos jogadores é de R$ 22,07 para homens e R$ 17,34 para mulheres.
FONTE: Monitor Mercantil Digital
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