O descontrole financeiro foi a principal causa da inadimplência no comércio do Rio de Janeiro no terceiro trimestre, segundo a pesquisa "Perfil do Inadimplente" feita pelo Centro de Estudos do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro - CDLRio - e pelo Serviço Central de Proteção ao Crédito - SCPC - que ouviu os consumidores que procuraram seus postos de atendimento durante os meses de julho, agosto e setembro.
O descontrole nas contas foi respondido por 27% dos entrevistados, seguida pelo desemprego (15%), despesas extras com saúde ou educação (12%), diminuição da renda (11%), empréstimo de nome a terceiros (7%), atraso de salário (7%) e outras causas.
Dos entrevistados 51% são homens e 49% são mulheres, 31% tem de 31 a 40 anos e 29% têm entre 21 e 30 anos, 60% têm renda familiar até três salários mínimos e 19% entre três a 10 salários mínimos, 34% são casados e 39% têm o ensino médio completo/superior incompleto e 14% tem curso superior completo.
Em comparação com a pesquisa do ano passado os entrevistados tiveram o perfil modificado quanto o grau de instrução e também uma acentuada mudança na faixa etária dos inadimplentes. Diminuiu o número de consumidores com restrição a partir de 21 anos e aumentou os da faixa etária de 31 a 40 anos.
Eles foram incluídos no cadastro por dívida contraída junto a empresas de cartão de crédito (26%), carnê/boleto (24%), cartão de loja (20%), empréstimo pessoal (14%), cheque especial e cheque (8%). Desse 27% declararam que as dívidas são referentes a compras de móveis, eletrodomésticos e eletroeletrônicos; 16,9% a vestuário e calçados; 15,3% a produtos ou serviços relacionados a alimentação.
A pesquisa mostra que 26% têm prestações atrasadas no valor de até R$ 500, 21% de R$ 500 a R$1.000, 20% de R$ 1.000 a R$2.000, 12% de R$ 2.000 a R$ 3.000, além de outras faixas de endividamento. Dos entrevistados 80% pretendem quitar o débito com parcelamento e acordo com os credores e 20 à vista.
Dos consumidores que esperam negociar as parcelas, 23% pretendem pagar nos próximos 30 dias, 34% pretendem quitar entre 30 e 90 dias, 26% entre 90 e 180 dias e 17% acima de 180 dias. Quando tiveram seus nomes negativados 56% trabalhavam na iniciativa privada, 9% em empresa pública, 8% eram autônomos, 6% são aposentados e em outras atividades.
Dos consumidores ouvidos, 31% disseram que a sua situação financeira melhorou em relação ao ano passado, 44% afirmaram que está igual e 24% responderam que piorou. Refletindo o timismo dos entrevistados, 66% responderam que a situação vai melhorar no próximo ano e 6% disseram que irá piorar.
FONTE: Monitor Mercantil Digital
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